Vítima de um acidente de trânsito, o jovem Gabriel de Morais Santos, de apenas 19 anos, faleceu na Santa Casa de Londrina, onde estava internado, na tarde desta sexta-feira (30). Ele trabalhava como entregador e seguia pela rua Maria Tomazelli, em Bela Vista do Paraíso, quando um carro que descia pela rua Brasílio de Araújo cruzou a preferencial. O acidente aconteceu na terça-feira (27).
O óbito foi informado pela mãe do jovem no Facebook. “Luto. Filho, meu grande amor, Gabriel Morais, descansa nos braços do pai”, escreveu.
O acidente gerou comoção na cidade. Várias pessoas se prontificaram a doar sangue para ajudar a vítima. Nesta quinta-feira (29), um grupo de entregadores se reuniu em Bela Vista, antes do expediente, para orar pela vida do jovem.
O ACIDENTE
Segundo as informações, o motociclista foi ejetado a cerca de 15 metros e estava desacordado quando os socorristas do SAMU 192 chegaram.
Eles fizeram uma reanimação cardiovascular na vítima antes de encaminha-la ao Hospital Municipal São Jorge, onde os procedimentos continuaram.
O motociclista teve um possível trauma no tórax além de uma fratura aberta na coxa esquerda. Por causa da gravidade dos ferimentos, a vítima precisou ser intubada e transferida para Londrina em uma ambulância de suporte avançado.
MOTORISTA
O motorista do VW Gol que teria cruzado a preferencial era Everton Oliveira Alves, de 37 anos. Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e por lesão corporal culposa na direção de veiculo automotor.
No local, a Polícia Militar realizou o teste do etilômetro no motorista, que constatou 0,62 mg/L de álcool. Desde 2012, não existe limite permitido nesse tipo de teste, a não ser a margem de erro de 0,04 mg/L.
O motorista passou a noite preso e foi solto no dia seguinte, por decisão do juiz plantonista Walterney Amancio, da comarca de Porecatu.
O magistrado entendeu a prisão preventiva é uma medida excepcional e que o caso não se encaixava em nenhuma das hipóteses de prisão previstas em lei. Assim, determinou a liberdade provisória do homem, sem pagamento de fiança, para que ele responda ao processo fora da cadeia.
DEFESA
O advogado de Everton, Alessandro Moreira Cogo, afirmou que o caso foi uma fatalidade e que o motorista está muito abalado e extremamente abatido. O advogado disse que seu cliente sempre teve boa índole, é trabalhador, não agiu com nenhum excesso e “está sendo punido de modo severo por algo que ele não quis fazer”.
O defensor classificou o caso como uma “tragédia do destino” e disse ainda que os relatos de Everton aos policiais foram em um momento de confusão e desorientação. Em depoimento, ele permaneceu calado e não confirmou que estava bêbado.
“Ele vai prestar esclarecimentos em juízo” disse Cogo, afirmando que vai auxiliar a Justiça a tomar a melhor decisão e buscar a verdade.