“Não foi suicídio”, afirma delegado sobre morte de homem atingido por caminhão na PR-445

Assim que começaram a circular as primeiras informações sobre a morte de João Luís Júnior, de 52 anos, atingido por um caminhão na PR-445, nesta quarta-feira (30), surgiu a especulação de que ele teria feito isso para tirar a própria vida. Porém, o delegado Marcos Rubira, responsável pela investigação, foi categórico: a hipótese de suicídio está descartada pela Polícia Civil.

Logo depois do acidente, o delegado esteve no local, onde analisou a cinemática do acidente, colheu os relatos dos envolvidos e obteve vídeos e fotos relacionados ao caso. Para ele, tudo aponta para um problema no trânsito que desequilibrou o estado emocional da vítima. É o que tecnicamente se chama de “violenta emoção”.

O motorista do caminhão relatou que não houve nenhuma discussão. Em ambos os veículos não havia sinais de algum acidente, e o caminhoneiro não estava alcoolizado, como prova o teste de etilômetro. Porém, o delegado supõe alguma conduta do caminhoneiro no trânsito, ainda que ele não tenha percebido, pode ter deixado João Luís nervoso.

“Todos os indícios apontam que a vítima se sentiu ofendida e foi tomada pela raiva”, disse Rubira.

O ACIDENTE

Familiares chegaram a afirmar ao delegado que a vítima era, de fato, um pouco nervosa no trânsito. Diante disso, aconteceu a tragédia. O homem parou o carro no acostamento, com o motor ligado e música tocando no rádio. Pegou um pequeno pedaço de galho e foi para a pista, tentando parar o caminhão.

O caminhoneiro tentou desviar e acionou os freios mas ainda assim atingiu João Luís, que foi projetado de dez a 15 metros à frente. O condutor do caminhão permaneceu no local e ligou para o resgate. Na análise do delegado, isso mostra que ele teve uma conduta defensiva, sem intenção de atropelar a vítima.

João Luis teve fraturas nos braços, na perna e no tórax. Ele foi imobilizado e transferido para o Hospital Municipal São Jorge, em Bela Vista do Paraíso, onde foi intubado. Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal.

Segundo a Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (ACESF), o corpo de João Luís Júnior foi velado na capela do cemitério Parque das Alamandas. O sepultamento foi às 11h desta quinta-feira (1º).