Bela Vista do Paraíso está em risco médio de infestação de dengue, de acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Setembro. O Índice de Infestação Predial (IIP) ficou em 3,8%. Resultados acima de 3,9% já representam alto risco de epidemia de dengue.
Apesar de estar em nível médio, o resultado ainda é preocupante de acordo com a Divisão de Endemias. No mesmo mês do ano passado, o índice havia sido de 2,1%, o que confirma a tendência de aumento retratada nesse ano. Em janeiro, por exemplo, foi registrado o maior índice da história do município.
Outro fator que demonstra a gravidade do resultado é a falta de chuvas. Segundo o chefe da divisão, Vanderley Estruzani, em um período de seca como visto nos últimos meses, o índice de infestação deveria ser menor.
DECRETO
Considerando que os riscos são maiores em período de verão, onde as chuvas e o calor criam um ambiente propício para reprodução do mosquito, a Divisão pretende se antecipar e apostar na prevenção.
Por isso, o prefeito Edson Vieira Brene assinou, no final de setembro, um decreto que declara situação excepcional de emergência na cidade. A medida, que já havia sido adotada anteriormente, permite a contratação temporária de agentes de combate a endemias.
Além disso, o texto também autoriza a entrada dos agentes em casas fechadas ou abandonadas, no período das 7h às 17h, e acompanhados de forças policiais, se necessário.
Também dá à assessoria jurídica e à Secretaria de Obras prazo de 48h para tomar providências legais para respaldar a desapropriação ou demolição de imóveis abandonados que tenham sido apontados como proliferadores do mosquito.
Mas para os agentes, a principal ferramenta de combate à dengue é a conscientização. Como a maioria dos recipientes com larvas está sendo encontrada em objetos em quintais, eles afirmam que o problema se resolveria se a população fizesse a sua parte. Os quintais devem permanecer limpos e sem recipientes com água parada.
Apesar de a vacina ter diminuído os casos de dengue, os profissionais lembram que o Aedes aegypti também transmite outros tipos de doença, como a zika e a chikungunya.
