Sanepar emite nota e garante a qualidade da água que distribui

Depois da publicação de reportagem da Agência Pública mostrando que agrotóxicos foram detectados na água que abastece uma em cada quatro cidades brasileiras entre 2014 e 2017, a  Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) emitiu nota na qual garante a qualidade da água que distribui à população do Paraná em 345 municípios e de Porto União (SC). A Companhia afirma que segue rigorosamente a legislação brasileira que determina os parâmetros da potabilidade da água para abastecimento público.

A Sanepar informa que não foi detectada presença de agrotóxicos em nenhuma análise realizada pela empresa acima do Valor Máximo Permitido (VMP) pela Portaria de Consolidação 5, anexo XX, do Ministério da Saúde, conforme histórico disponibilizado a este Ministério. Segundo a empresa, as matérias veiculadas na mídia utilizaram informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) de forma incompleta.

De acordo com a Sanepar, no momento de registrar os resultados de suas análises, não há no cadastro do Sisagua a opção de informar a não detecção do princípio ativo do composto. O Sistema de Informação aceita apenas o registro como “no limite” em vez de “ausente”. Desta forma, fica registrada a presença de agrotóxico na água, mesmo que não tenha sido detectada, distorcendo a informação.

Quatro laboratórios da Sanepar realizam semestralmente análises de agrotóxicos de todas as localidades atendidas pela empresa, conforme determina a legislação do Ministério da Saúde. São investigados 27 tipos de agrotóxicos e, em todos os testes, os resultados ficam abaixo dos limites permitidos, ou seja, não foi detectada a presença de agrotóxicos na água distribuída para a população.

A Sanepar diz ainda que, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), e a Associação das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) estão pedindo esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre os valores disponibilizados com relação à presença de agrotóxicos na água usada para consumo humano, para não ocorrer interpretação equivocada como afirma ter ocorrido no material divulgado.