A quantidade de locais com larvas do mosquito da dengue em Bela Vista do Paraíso continua alta, conforme mostra o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em abril. O Índice de Infestação Predial (IIP) está em 12,2%. Para colocar em perspectiva, resultados acima de 3,9% já representam risco de epidemia de dengue conforme classificação do Ministério da Saúde.
Em abril do ano passado, o resultado havia sido bem menor: 2,6%. Já o levantamento realizado em janeiro desse ano havia dado o maior índice da história: 15,3%. Segundo a Divisão de Endemias, os principais focos encontrados estão em vasos de plantas, vasilhas com água para animais e recipientes para armazenamento de água.
De todas as áreas da cidade, apenas o distrito de Santa Margarida (a partir de Santa Terezinha) e os residenciais Pontelo, Brasil Senedese e Edgar Bezerra Valente estão com índice menor do que 4%. Nos outros locais, os resultados chegam a mais de 30% em algumas áreas.
AÇÕES
Diante do índice atingido em janeiro, agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias fizeram um arrastão e limparam imóveis e terrenos vazios. No entanto, o trabalho não refletiu muito nos números do levantamento desse mês. Para os responsáveis pela divisão, falta o engajamento da população bela-vistense. Eles afirmam que muitas casas que possuíam focos de dengue, que foram eliminados pelos agentes, continuam com o mesmo problema nesta nova visita dos profissionais.
“A população não colabora. Nós fazemos a nossa parte, mas não somos capazes de fazer tudo. Se a pessoa não cuidar pelo menos do seu quintal, como vamos fazer?”, questiona o chefe da divisão, Vanderley Estruzani.
De acordo com o responsável pelo coordenação do serviço de campo, Vagner Ferreira, algumas ações estão sendo tomadas para evitar a proliferação. “Nesses dias nós fizemos uma recuperação, fomos na hora do almoço para ver se encontrávamos o pessoal que costuma estar trabalhando, e conseguimos recuperar bastantes casas”, contou.
MULTAS
Ao TELÉGRAFO, Vanderley Estruzani mostrou as notificações que foram enviadas a proprietários de imóveis e terrenos. Ele informou que estará revisitando os locais que já foram notificados e, caso o problema persista, eles serão multados. “Quanto mais focos tiver, mais alta é a multa. A gente deu um prazo até longo, porque a lei [que permite multar] existe desde 2017, e a gente estava só orientando, pedindo, mas não está resolvendo. Então agora não temos o que fazer a não ser aplicar a multa”, afirmou. Saiba mais sobre as multas clicando aqui.