Vigilância em Saúde de Bela Vista faz revisão dos dados e índice da dengue cai alguns pontos

mosquito da dengue Foto: Divulgação / Portal Brasil

O setor de Vigilância em Saúde de Bela Vista do Paraíso informou que fez uma revisão nos dados utilizados no LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) e encontraram duplicidade em alguns números inseridos no sistema. Com as correções, feitas com o apoio dos profissionais da 17ª Regional de Saúde do Estado, o IIP (Índice de Infestação Predial) caiu de 19,7% para 15,3%.

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Mesmo com o novo índice, a situação continua sendo preocupante. Conforme classificação do Ministério da Saúde (MS), resultados acima de 3,9% já representam risco de epidemia de dengue. De acordo com o chefe do setor, Vanderley Estruzani, o índice atual é inédito na cidade.

Ele afirmou que o índice é resultado de um fim de ano com muito calor e chuva, mas que a população “deixou um pouquinho a desejar nos próprios quintais”. “A maioria dos criadouros que o pessoal está achando no arrastão, agora, são recipientes de água de animais domésticos, pratos de vasinhos de flor e baldes que o pessoal está usando pra acumular água de chuva”, contou.

MULTAS

Vanderley Estruzani informou que o setor, que faz parte do Departamento de Saúde, está estudando novas estratégias para serem aplicadas depois que terminarem o arrastão, visitas que estão sendo feitas nas residências para eliminar focos e criadouros. Uma das novas estratégias, prometidas pelo chefe do setor, deve ser a aplicação de multas. “Estamos esperando estar pronto no sistema o programa para fazer o lançamento da multas. Então todas as que estão paradas vão ser enviadas”.

A lei que permite multar os proprietários de imóveis que estiverem com água acumulada ou focos de larvas do mosquito foi sancionada em 2017. No entanto, segundo o próprio chefe do setor, ainda não foi emitida nenhuma. Mesmo as notificações, que funcionam como aviso e devem ser enviadas antes de outras penalidades, foram geradas majoritariamente para os terrenos baldios e não para residências. De acordo com o setor, foram 173 notificações em 2018.

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Segundo Estruzani, essa situação deve mudar. “A gente passando e fazendo o arrastão, estamos eliminando todos os criadouros. A partir de agora, se a gente achar criadouros na casa da mesma pessoa, ela já vai receber a multa. Porque aí, como diz, já não é ‘réu primário’, né? Já foi avisado”, afirmou.