Ajufe condena juiz que pretendia mandar o exército recolher urnas nas eleições

Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que reúne mais de 2 mil juízes, desembargadores e ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, informou que Eduardo Rocha Cubas, não faz parte da entidade e repudiou suas atitudes. O magistrado, do Juizado Especial Federal Cível de Formosa (GO), disse que mandaria recolher urnas eletrônicas para os militares fazerem perícia nos aparelhos. Em nota, a associação condenou a atitude do magistrado, que foi afastado das funções há três dias pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A Ajufe, única entidade que representa nacionalmente a magistratura federal, acredita na atuação isenta e equilibrada do Conselho Nacional de Justiça para solucionar esse caso isolado que envolve um juiz federal”, diz a nota.

Na sexta-feira (29), o corregedor do CNJ, Humberto Martins, determinou o afastamento por tempo indeterminado do juiz federal Eduardo Luiz Rocha Cubas, de Goiás, por suspeita de violação dos deveres funcionais.

O plenário do conselho se reunirá para analisar o tema dia 9. O processo está na Advocacia Geral da União (AGU).

Na reclamação apresentada pela AGU ao CNJ foi anexado um vídeo no qual o juiz questionava, ao lado do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, a segurança e a credibilidade das urnas eletrônicas.

Na avaliação da AGU, Eduardo Luiz Rocha Cubas teria manifestado, nesse vídeo, opinião político-partidária incompatível com a função de juiz.