Operação contra homicídios e feminicídios prende 2,6 mil pessoas

Foto: Ministério da Segurança Pública/Divulgação/Agência Brasil

A Operação Cronos, deflagrada nesta sexta-feira (24) para combater homicídios e feminicídios, prendeu mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. No total 2.968 pessoas foram detidas, incluindo 341 adolescentes apreendidos. A ação aconteceu de forma integrada entre o Ministério da Segurança Pública e o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil.

De acordo com informações do G1, 100 mandados judiciais foram cumpridos no Paraná. 51 pessoas foram presas, quatro por suspeita de feminicídio e o outros suspeitos de envolvimento em crime definidos pela Lei Maria da Penha. Durante a operação também foram apreendidas armas, cápsulas de munição e dinheiro.

Cinco mandados de prisão e dois de busca e apreensão estavam sendo cumpridos em Londrina. Um homem de 70 anos, acusado de atear fogo em sua mulher, no ano passado, foi preso na cidade.

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Em todo o país, de acordo com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuados em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.

Ainda, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.

A Operação Cronos foi definida em maio pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil. Em nota, o presidente da entidade, delegado Emerson Wendt, disse que esse é o trabalho prioritário das polícias civis. Ele defende a importância operacional da investigação criminal e o quanto ela pode ser efetiva no combate à criminalidade.

Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a operação integrada é um exemplo de como funcionará o Sistema Único de Segurança Pública, em vigor desde junho, após a sanção da Lei nº 13.675/2018. “O que nos importa é a proteção e a garantia da vida, sobretudo combater o feminicídio, esse crime covarde e inaceitável. Todos são, mas alguns são mais graves e repulsivos, sobretudo contra mulheres”, afirmou Jungmann, também em nota.

Cronos é o grande deus do tempo, na mitologia grega. O nome da operação está relacionado com a redução do tempo de vida da vítima de homicídio ou feminicídio. Ao mesmo tempo, com a prisão do autor do crime, também lhe é retirado do tempo para a prática de novos delitos.

*Da Agência Brasil com Redação/Telégrafo.