A convenção nacional do Partido Republicano Brasileiro (PRB) confirmou nesta quarta-feira (1°) o apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Atualmente, a bancada do partido no Congresso Nacional tem 21 deputados federais e dois senadores.
O presidente licenciado do partido, ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse que o apoio à candidatura de Alckmin representa a capacidade de dialogar com opostos. Nas eleições de 2014, o partido apoiou a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Pereira, no entanto, fez questão de afirmar que pretende “participar das decisões do governo e ajudar a governar o Brasil com críticas construtivas” e que apoiará a gestão de Alckmin caso tenha uma participação efetiva e coerente dentro de um eventual governo do tucano.
Presente na convenção, Geraldo Alckmin ressaltou que seu plano de governo terá foco na retomada do emprego e da renda. “Temos 62% da população tendo que fazer bicos porque o salário não chega no fim do mês”, disse. “Temos pressa. Como pode o mundo crescer quase 4%, isso em média. E nós estamos lutando para chegar em 1,5%. Isso mostra que o populismo leva ao desemprego, desarranjo das contas públicas e quem perde é o povo. Extremismo não é caminho, é descaminho”, completou.
Alckmin disse que trabalhará na simplificação tributária no país e terá uma agenda de competitividade.
Ao final da convenção nacional do PRB, Alckmin disse que vai anunciar o nome do vice da sua chapa no próximo sábado (4). O presidenciável afirmou ainda que o escolhido “não necessariamente” será indicado pelos cinco partidos que compõem o Centro Democrático, chamado de Centrão (DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade). O tucano também disse que o seu vice não deve ser de São Paulo.
Candidatura retirada
No mês passado, o PRB retirou a candidatura do empresário Flávio Rocha. Na ocasião, Marcos Pereira afirmou por meio de nota que o partido se uniria em torno de uma candidatura de centro. “Há um entendimento claro de que o país não pode flertar com os extremos e, por isso, mais do que nunca durante todo o processo, é fundamental que as forças de centro se unam num único projeto”.