A pedido da Procoruadoria-Geral da República (PGR), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso na manhã de desta quinta-feira (28) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense. De acordo com a PGR, são nove os alvos da Operação Boca de Lobo, que, além de Pezão, mira assessores e um sobrinho. As ações são executadas pela Polícia Federal.
As operações começaram por volta das 6h da manhã envolvendo pelo menos três viaturas e helicópteros que sobrevoam a região. No total, são 150 policiais federais envolvidos no cumprimento de 39 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça nos Estados do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Piraí, Barra do Piraí, Volta Redonda e Bom Jardim) e Minas Gerais (Juiz de Fora), dos quais nove mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a Polícia Federal, o objetivo é reprimir os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cometidos pela alta cúpula da administração do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A operação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal (RFB).
A Polícia Federal informou ainda que as investigações começaram em julho deste ano com a homologação da colaboração premiada de operador do ex-governador do Rio de Janeiro, Carlos Miranda.
A ação que levou à prisão o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), e assessores foi batizada pela Polícia Federal de Operação Boca de Lobo, em alusão aos dispositivos instalados em vias públicas para o recebimento de águas da chuva drenadas pelas sarjetas com destino às galerias pluviais.
Pezão é o terceiro governador do Rio de Janeiro preso e o primeiro em cumprimento do mandato. Os ex-governadores Anthony Garotinho e Sergio Cabral foram presos. Também foram detidos, anteriormente, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (MDB) e vários parlamentares da Casa.
*Com Redação