As contas de energia elétrica ficarão mais caras no Paraná. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou, na manhã desta terça-feira (19), o reajuste para todas as unidades atendidas pela Copel.
Para os consumidores residenciais, o aumento será de 15,06%. Já as indústrias terão reajuste em 17,55%. O efeito médio para o consumidor fica em 15,99%.
De acordo com a ANEEL, o reajuste, que é anual, leva em conta a variação de custos associados à prestação do serviço. “O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais”, informa a agência.
Atualmente, as distribuidoras de energia elétrica funcionam sob bandeira vermelha de patamar 2, que indica condições mais custosas para a produção de energia. Nesse patamar já são cobrados R$ 0,05 para cada kw/h consumido.
As famílias de baixa renda continuarão contando com a isenção de tarifa para o consumo de até 120 kWh por mês, que prevê a quitação das contas pelo Governo do Estado.
Do total do reajuste definido pela Aneel, apenas 0,31% corresponde ao custo operacional da Copel. Grande parte do aumento é consequência dos preços dos contratos de compra de energia, ajustados pela inflação e agravados pela falta de chuvas nos últimos anos. Além disso, o aumento do encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo gerido pelo governo federal, também pesou neste aumento.
REGRAS
A Copel Distribuição, que fornece energia no Paraná, não pode usar diretamente a energia gerada nas usinas da Copel Geração e Transmissão, pois o sistema segue modelo e regras nacionais. A Copel Distribuição tem que comprar energia nos leilões promovidos pelos órgãos federais e essa compra entra no reajuste como o item da Parcela A chamado de custo de aquisição de energia.
A Parcela A teve uma participação de 7,49% no reajuste, relativos a encargos setoriais (3,43% de participação), custo de transmissão (0,38%) e custo de aquisição de energia (3,59%)
Os encargos setoriais são taxa de fiscalização de serviço, Conta de Desenvolvimento Energético, Encargos de Serviço do Sistema, Proinfa, P&D e PEE.
No item Componentes Financeiros, que teve participação de 6,52% no reajuste da Copel, são atualizados itens que não foram cobertos pela tarifa no período passado, desde o reajuste de junho de 2017.
O principal componente é a CVA (Conta de Variação da parcela A), que registra a variação, entre os reajustes tarifários anuais, de parte dos itens de custo das distribuidoras, como a compra de energia elétrica da usina de Itaipu e alguns encargos tarifários do setor elétrico.
*Com AEN