Suspeito de matar mulher perto da Warta teve orelha arrancada

suspeito criminalística Criminalística trabalha no caso da morte de Patrícia. Foto: Reprodução/Tribuna da Massa.

O principal suspeito de matar Patrícia dos Santos, de 35 anos, cujo corpo foi encontrado perto da Warta na manhã desta segunda-feira (30), foi morto a tiros e teve uma orelha arrancada. Jesrhael de Almeida Santos, de 20 anos, foi localizado pela Polícia Militar perto do conjunto Rosa Luppi.

Enquanto a morte de Patrícia é investigada em Londrina, a Polícia Civil de Bela Vista do Paraíso é quem investiga o homicídio de Jesrhael. O delegado Marcos Rubira acredita que ele tenha sido assassinado por Lucas Matheus Aparecido dos Santos, de 23 anos, conhecido como Rai, que é primo de Patrícia. “Ter arrancado a orelha do Jesrhael é típico do Lucas, porque ele é frio. Ele matou pela primeira vez com 16 anos. Temos uns três inquéritos de homicídio dele aqui”, afirmou o delegado.

Lucas dos Santos estava preso na cadeia de Bela Vista, mas fugiu no dia 29 de agosto. Até o início da noite desta segunda-feira, quando o TELÉGRAFO falou com o delegado, Lucas continuava foragido.

Jesrhael também tinha passagens pela polícia. Ele chegou a ser investigado no inquérito sobre a morte do guarda noturno Luís Ferracin por ser cunhado de Durval Messias dos Santos Neto, que virou réu pelo crime.

INVESTIGAÇÃO

O delegado Marcos Rubira afirmou que a falta de indícios materiais e testemunhais torna a investigação mais difícil. Ele conta que pediu que a perícia analisasse se havia resíduos de pólvora na mão de Jesrhael. Um resultado positivo reforçaria a tese de que ele atirou em Patrícia. Porém, Rubira recebeu a resposta de que nem o IML, nem o Instituto de Criminalística estão fazendo essa perícia.

“Essa questão da falta de prova pericial arrebenta a polícia. Eu não tenho bola de cristal. Se ninguém vier documentar, e não tem testemunha, não tem câmera,  como eu vou descobrir as coisas? Uma prova material dessas, que é saber se o morto tinha pólvora na mão é essencial para eu provar a vinculação dos crimes. E eu perdi essa prova. Se eu não tenho isso, dificulta pra mim”, desabafou o delegado.

Outro fator que torna mais difícil a investigação é a falta de testemunhas. Segundo o delegado, Patrícia não tinha residência, enquanto Jesrhael morava sozinho. “É um crime que aconteceu na calada da noite. A vítima foi encontrada na beira da estrada. Que testemunha que vai ter no meio do mato, de noite? É complexo”, afirmou.

O delegado disse que deve pedir que a investigação sobre a morte de Patrícia seja transferida para Bela Vista do Paraíso por causa da conexão entre os dois crimes.