O músico britânico Roger Waters voltou a se posicionar sobre o cenário eleitoral brasileiro na noite deste sábado em Curitiba, horas após a Justiça Eleitoral ameaçá-lo até mesmo de prisão em caso de manifestações políticas após as 22h da véspera do pleito presidencial.
Diante de um público de 41.480 pessoas no estádio Couto Pereira, Waters expôs no telão atrás do palco uma mensagem na qual explicava que uma determinação lhe havia sido imposto para que não falasse sobre política e pediu que todos respeitassem a lei.
“Essa é a nossa última chance de resistir ao fascismo antes de domingo”, dizia um trecho da mensagem exibida aos curitibanos.
Ao final da mensagem, poucos segundos antes das 22h, apareceu o termo “Ele Não”, que vem marcando os posicionamentos contrários aos candidato Jair Bolsonaro (PSL), que Waters já havia criticado anteriormente durante a sua turnê brasileira.
A manifestação do artista gerou gritos de apoio, com uma parte do público gritando “ele não”, enquanto outra parte ofendeu Waters e gritou “mito”, em sinal de apoio a Bolsonaro.
Além de criticar Bolsonaro, colocado ao lado de políticos populistas controversos como Donald Trump (EUA) e Recep Erdogan (Turquia), Waters prestou homenagens a vítimas da intolerância política que aflige o Brasil, como Moa do Katendê (Salvador) e Marielle Franco (Rio de Janeiro).