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Sindicalizados e apoiadores da candidatura de Fernando Haddad (PT) se reuniram no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bela Vista do Paraíso, em Santa Margarida, para discutir sobre a campanha e combinar ações de apoio ao candidato. Avaliando que houve avanços para o setor durante o governo petista, o sindicato apoia Haddad desde o primeiro turno.
Para o presidente do sindicato, Arnaldo Nascimento de Jesus, a entidade que representa os trabalhadores também tem a função de transmitir as questões políticas para os sindicalizados, além de defender os seus interesses. “Eu vejo que se o candidato da direita ganhar, para os trabalhadores será muito ruim. Um dos pontos é que vai manter a retirada de direitos que já começou no governo Temer. Então os trabalhadores só vão perder”, argumentou.
Segundo Arnaldo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da qual o sindicato faz parte, defende candidaturas “mais de esquerda”, que estejam alinhadas com os interesses dos trabalhadores. “Politicamente, pelo grupo que nós representamos, não temos como ser de direita porque seria ir contra quem nós representamos”, disse.
Na opinião do presidente do sindicato, houve avanços para a categoria nos últimos 12 anos. “Tivemos avanços nas questões previdenciárias, da agricultura familiar, o Minha Casa, Minha Vida na área rural, a compra de produtos dos agricultores para as escolas. Tudo isso foi bom para nós”, defendeu. De acordo com ele, alguns sindicatos rurais apoiaram Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, mas o sindicato de Bela Vista está com Haddad desde o começo.
Presente no início da reunião, que aconteceu no último sábado (20) o padre Jorge Pereira de Mello, defendeu que a campanha seja feita pelo contato pessoal com pequenos grupos de conhecidos. “Pelo que estou percebendo, ir de frente pode até ser desagradável”, disse. Na última semana correu pelas redes sociais um vídeo no qual o padre argumenta que as ideias defendidas por Jair Bolsonaro (PSL) vão contra os preceitos da religião católica e os ensinamentos da Bíblia. Veja o vídeo:
Jorge de Mello também falou sobre o desempenho de alguns candidatos. “Aqui em Bela Vista eu acho uma coisa incrível. Eu não vi um carro de som, não vi cartaz por aí, e os candidatos com propostas socialistas ou que favorecem o bem de todos, tiveram aqui em Bela Vista 2830 votos”, afirmou. Levantamento feito pelo Telégrafo mostrou quem em Santa Margarida a diferença entre Haddad e Bolsonaro foi pequena. O candidato petista venceu em nove das 12 seções do colégio Presidente Vargas. (leia aqui)
Na avaliação do presidente do sindicato, o melhor desempenho de Haddad no distrito acontece porque os moradores sentiram alguma melhora na vida durante os governos do PT. “E eles estão compreendendo isso. Em Bela Vista os trabalhadores se sentem como se eles ficando mais próximos à direita, será melhor para eles. A gente chama de um pessoal que gosta de cuidar da casa grande, que quer estar cuidando do patrão, porque acha que vai ter vantagem. Em Santa Margarida o pessoal tem uma compreensão diferente, que é deles mesmos. Não tem trabalho de base, não tem trabalho político. Eles próprios tomaram essa decisão”, disse.
Também estiveram presentes na reunião integrantes do Partido dos Trabalhadores no Estado, como Chico Moreno e a ex-ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome Márcia Lopes. Ela defendeu o trabalho que realizou nas áreas sociais durante o governo de Lula e criticou o candidato do PSL. “Se fossem os outros candidatos no segundo turno, não estaria essa guerra. O problema é que quem foi para o segundo turno com a gente achava que o PT estava morto, acabado”, disse.
A ex-ministra defendeu que “Haddad é uma pessoa preparadíssima, competente” enquanto Bolsonaro é um candidato “violento”, “grosso”, e “despreparado” que se firmou no discurso da violência, do armamento e da mentira.