PSB, PSOL e João Goulart Filho decidem apoiar Haddad no segundo turno

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Em reunião nesta terça-feira (9) o diretório nacional do PSB decidiu apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno na disputa presidencial. O apoio está condicionado ao compromisso por parte da candidatura petista da formação de uma frente ampla democrática.

Os diretórios de São Paulo e do Distrito Federal, cujos candidatos concorrem no segundo turno, ficaram livres para decidir o apoio presidencial de acordo com a resolução do diretório nacional do PSB. No primeiro turno, o PSB não declarou apoio formal a nenhuma candidatura.

PSOL

Mais cedo, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que o partido vai apoiar a candidatura de Haddad. Nas redes sociais, ele disse ter formalizado o apoio durante encontro com o petista, e apelou para que as pessoas não se deixem desanimar em defesa dos “direitos e sonhos”.

“Quando eu nasci, o Brasil estava sob a ditadura e eu vou lutar com todas as minhas forças para que minhas filhas não cresçam em outra”, afirmou Boulous, lembrando que o período militar foi “sombrio” e “não de lutas”.

Boulos afirmou que, mesmo sem sair vitorioso no primeiro turno, foi um esforço positivo. “Agradecemos a todos que depositaram seus sonhos nas urnas votando 50. Agora, estaremos nas ruas para derrotar o fascismo e eleger quem representa a democracia no segundo turno: Fernando Haddad.”

Nas redes sociais, o PSOL faz campanha contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. O slogan utilizado é: “No 2º turno o PSOL defende o voto em Haddad e Manuela [d’Ávila, vice na chapa do PT]”.

João Goulart Filho

Candidato à Presidência que ficou em último lugar no primeiro turno das eleições, o filho do ex-presidente João Goulart, João Goulart Filho (PPL), também declarou apoio a Haddad durante o segundo turno. Segundo ele, apesar de diferir em “muitos pontos” do programa do PT, o “risco de uma nova ditatura” de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL) é maior.

O apoio ao candidato petista foi divulgado pela assessoria de imprensa de Goulart Filho, mas o partido ainda não divulgou um posicionamento oficial. João Goulart Filho disse que cresceu no exílio durante a ditadura militar e que, por esse motivo, tem a obrigação de repudiar regimes ditatoriais.

“Sabemos como as ditaduras começam, nunca sabemos quando terminam. Estamos prontos para caminhar juntos. Por isso, apesar de nossas diferenças, eu voto em Haddad para derrotar Bolsonaro”, escreveu o candidato. Ele propõe o voto em Haddad afirmando se posicionar “contra a ditatura, a opressão e o ódio às minorias”.