A Câmara Municipal de Bela Vista do Paraíso e o prefeito Edson Vieira Brene homenagearam três pessoas com o Título de Cidadão Honorário. Acompanhados de parentes e amigos, Maria de Lourdes Araújo Canet, Beninton Alves de Lima e Santonino Vedovatti receberam a honraria em sessão solene na noite desta sexta-feira (28). A homenagem é um reconhecimento pelos serviços prestados ao município.
A sessão foi aberta, seguida pela execução do Hino Nacional e de Bela Vista do Paraíso. Representando o executivo municipal, que propôs o projeto, Brene convidou Zulmira Rupp para ler um texto de sua autoria, contando um pouco da história do município e da Cidadã Honorária.
Maria de Lourdes Araújo Canet
Filha de Brasílio de Araújo, um dos fundadores de Bela Vista do Paraíso, e esposa de Jayme Canet, Maria de Lourdes nasceu em 17 de dezembro de 1927. Grande parte de sua vida foi marcada pelo trabalho voluntário em prol das entidades municipais. “Sua preocupação era que uma obra de assistência social fechasse por falta de recursos”, descreveu Zulmira, lembrando que a homenageada sempre atendia com carinho a todos que a procuravam. Segundo ela, Maria de Lourdes, mesmo morando em Curitiba, continua ajudando o município. Entre as instituições que receberam sua ajuda estão a Apae, as creches, o Lar Bela-vistense de Promoção Humana, a maternidade municipal, dentre outras.
A diretora da Apae de Bela Vista do Paraíso, Katia Mesquita, lembrou a ajuda de Maria de Lourdes à entidade: “Para nós, mais do que uma homenagem, é uma oportunidade única de estender nossa gratidão. Sem o envolvimento de pessoas como a senhora, nada disso seria possível”. A diretora da Associação de Assistência Social de Bela Vista do Paraíso (ABASE), Tatiana Senedese, participou da sessão com diversos funcionários da entidade e agradeceu à homenageada pelo trabalho prestado às creches Dra Marta Silva Gomes e Anita Canet. “Estou aqui representando 260 pequeninas vozes que querem lhe agradecer por ter um espaço de acolhimento”, disse ela.
Com dois filhos, oito netos e 14 bisnetos, “tia Lourdes” foi definida por Zulmira Rupp como “filha da nossa Bela Vista do Paraíso”.
Beninton Alves de Lima
A história do segundo homenageado da noite se cruza com a de diversos bela-vistenses. Como titular de cartório, seria raro encontrar alguém que não conhecesse o sr. Beninton Alves de Lima. No entanto, o projeto que lhe concedeu o Título de Cidadão Honorário – assinado por todos os vereadores e lido pelo presidente da Câmara, Rondinele Meira – revelou um pouco mais sobre a vida do homenageado.
Natural de Dois Córregos (SP), Beninton nasceu no dia 23 de junho de 1934. Aos 13 anos, fez um curso de datilografia e aos 14, começou a trabalhar no cartório da cidade, onde permaneceu até os 18 anos. Atuou como locutor de rádio em Jaú, onde foi Escrivão Juramentado. Após se mudar para Bela Vista do Paraíso, trabalhou na Vila Gandhi até 1970, quando passou para titular do Cartório Criminal de Bela Vista. Em 1954, foi removido para o Cartório de Santa Margarida, onde permanece até hoje.
No projeto, os vereadores descrevem Beninton como “detentor de uma vasta folha de bons serviços nos mais diversos segmentos da sociedade”, sendo colaborador da Apae, asilo e outros trabalhos de assistência social e filantropia.
Santonino Vedovatti
Em discurso, o vereador Donizete Fernandes (Timbó), autor da proposta, lembrou de sua amizade com o sr. Santonino Vedovatti e a história do homenageado, que nasceu em Borá (SP), em 16 de julho de 1931.
A vida de Santonino em Bela Vista do Paraíso começou aos seus 16 anos de idade, quando se mudou para o município. Ele trabalhou com seu pai no comércio, foi cabo e 3º sargento do exército, cerealista e juiz de paz. Foi eleito vereador no mandato do ex-prefeito Edgar Bezerra Valente e também foi presidente do Bela Vista Futebol Clube.
Como cerealista, Santonino recebeu de Gecy Fonseca cinco sacos de sementes de soja. Ele distribuiu cinco quilos para cada agricultor da cidade, tornando-se o pioneiro da soja no município.
O sr. Vedovatti teve cinco filhos, seis netos e duas bisnetas. De acordo com o projeto, a sua dedicação ao longo da vida “e suas ações contribuíram para o desenvolvimento de nossa cidade, o que justifica a concessão do título de maior honraria”.
Em seu discurso, Santonino agradeceu aos vereadores, ao prefeito, e a seus familiares. “Que maravilha, que saudades que eu tenho dessa bancada aí. Mas já ficou na história. Quem manda eu estar com 87 anos. Eu só quero agradecer a todos, mas de carinho mesmo. E antes que eu chore, eu vou terminar”, concluiu, bem humorado, sendo aplaudido de pé.
