Quatro mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta quinta-feira (20) pelo núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. A ação faz parte da Operação Perímetro, que investiga, desde janeiro, indícios de organização criminosa integrada por empresário, particulares e servidores públicos municipais do setor de licitações, da procuradoria jurídica e da Secretaria de Finanças de Alvorada do Sul. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Londrina, Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul, em órgãos da prefeitura de Alvorada, empresas e residências.
De acordo com o G1, foram presas cinco pessoas. Dentre elas, um empresário de Bela Vista do Paraíso e três funcionárias da prefeitura de Alvorada do Sul. O marido de uma das suspeitas também foi preso por porte ilegal de arma de fogo.
Investigação conjunta do Gaeco e do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) apurou que o esquema criminoso manipulava licitações para limitar a participação de empresas concorrentes, direcionando os editais para a vitória das empresas do empresário envolvido. Para evitar ampliação da concorrência, a organização aproveitava-se da existência de um decreto municipal que limita a participação, em licitações, de empresas com sedes a mais de 50 km do município. As licitações direcionadas eram relacionadas principalmente à Fundação Municipal de Saúde de Alvorada do Sul.
Nos últimos quatro anos, a empresa envolvida no esquema, constituída em nome de “laranjas”, venceu 17 certames licitatórios cujos objetos envolveram valores acima de R$ 2,5 milhões apenas com a Fundação Municipal de Saúde. O empresário, dono de fato da empresa, participava ainda de licitações com outra empresa da qual é o proprietário de direito.
*Do MPPR