O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ponta Grossa, no Paraná, cumpriu três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em apoio à Operação “Open Doors”, do MP do Rio de Janeiro. Entre os itens apreendidos, estão computadores, documentos e um veículo de luxo. Os presos ficarão em Ponta Grossa à disposição da Justiça do Rio de Janeiro.
De acordo com o G1, entre os presos está o cantor sertanejo Rick Ribeiro, que seria um dos hackers do grupo e estaria usando o dinheiro das fraudes para financiar seus clipes. Os acusados tinham o hábito de usar os valores para “ostentar” com a compra de veículos de luxo e imóveis.
Ao todo, 45 pessoas foram denunciadas pela prática de crimes patrimoniais, com subtração de valores das contas bancárias por meio de transações fraudulentas, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A segunda fase da operação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (17) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia.
A operação
A operação Open Doors foi deflagrada em 9 de agosto de 2017. De acordo com o MPRJ, a primeira fase agiu sobre o núcleo operacional da quadrilha, prendendo ‘cabeças’, ‘aliciadores’ e ‘laranjas’ do esquema. Nesta nova etapa, são acusados os ‘cérebros’ da organização, aqueles que têm o domínio sobre o cometimento dos crimes – os chamados ‘hackers’, além de pessoas relacionadas à lavagem de dinheiro e outras funções operacionais. A estimativa do MPRJ é de que, entre 2016 a 2017, mais de R$ 30 milhões tenham sido subtraídos pelo grupo.
Como os criminosos agiam
Os agentes criminosos enviam spam’s de e-mail e sms, aleatoriamente, para milhares de pessoas físicas. Os spam’s continham mensagens, supostamente, de instituições bancárias alertando sobre a necessidade de atualização de segurança da conta, com a indicação de link de acesso. Ao clicar nesses link’s, a vítima era então direcionada a websites phishing, com programas maliciosos que capturam informações de contas e senhas, abrindo caminho para a retirada de quantias das contas, de forma fraudulenta.
Outra modalidade de ação criminosa, utilizada pelo grupo, causava prejuízos ainda de maior monta – em alguns casos, chegando a R$ 500 mil. Um componente da quadrilha ligava para as potenciais vítimas, se fazendo passar por funcionário de instituição bancária, para obter dados pessoais. No passo seguinte, o golpe tinha continuidade, conseguindo o agente criminoso ludibriar, inclusive, funcionários do setor financeiro de grandes corporações.
*Com MPRJ