O Departamento de Saúde de Bela Vista do Paraíso recebeu, neste domingo (24), 70 doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o Laboratório AstraZeneca, que chegaram da Índia ao Brasil. Essas doses serão usadas para dar sequência ao Plano Municipal de Imunização, que está na fase de aplicação em profissionais de saúde.
De acordo com a diretora do departamento, Carla Brandão, algumas doses da nova vacina já foram aplicadas, mas ainda restam unidades da Coronavac. Ela explicou que a de Oxford vêm em frascos que servem para dez doses e têm validade de seis horas após abertos. Por isso, estão sendo utilizadas quando há um grupo de mais de dez pessoas a serem imunizadas.
Nesta primeira etapa, com as doses da Coronavac, foi possível vacinar todos os enfermeiros e técnicos de enfermagem dos postos de saúde, Hospital São Jorge e SAMU. Agora, com as novas doses, foram vacinados os funcionários do hospital (local de referência para atendimento de síndromes gripais), condutores do SAMU e alguns funcionários dos postos de saúde.
“Então, quando terminarmos todas essas doses, teremos vacinado todos os funcionários do hospital, do SAMU, dos postos de saúde, dentistas e acredito que os motoristas da saúde. Talvez vai ficar faltando funcionários da farmácia, do laboratório, do Departamento de Saúde e algumas profissionais que prestam serviço de saúde pelo SUS na APAE”, disse Carla Brandão.
Uma das diferenças entre as duas vacinas é que a Coronavac prevê a segunda dose em 25 dias, enquanto a da AstraZeneca deve ser aplicada após quatro meses. Para garantir que cada pessoa tome, futuramente, a segunda dose da mesma fabricante, todos as aplicações são registradas em um sistema, pelo CPF da pessoa.
TERCEIRO LOTE
Nesta segunda-feira (25), o Paraná recebeu um segundo lote de vacinas Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan. São 39.600 doses que serão distribuídas entre os municípios. Ainda não há informações sobre quantas virão para Bela Vista.
O lote integra as 4,8 milhões de doses emergenciais autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira (22). A Coronavac é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
O secretário Beto Preto reforçou que até o fim de janeiro o Ministério da Saúde deve disponibilizar mais um grupo de imunizantes, também da Coronavac. As 3,89 milhões de doses que faltam para completar o grupo de 4,8 milhões. “É uma parte porque se trata do que o Butantan tem em estoque neste momento. Conforme forem envasando mais doses, outras chegarão ao Paraná”, disse o secretário.
TOTAL
Essa é a terceira remessa de vacinas contra o coronavírus que chega ao Paraná. Na segunda-feira (18), o Estado recebeu 265.600 doses da Coronavac. No sábado (23), outras 86.500 doses, desta vez do produto desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o Laboratório AstraZeneca. Com as 39.600 desta segunda, o Paraná chega a 391.700 doses.
A quantidade, porém, não significa o mesmo número de pessoas imunizadas. Como há uma taxa de descarte de 5%, cerca de 19.500 doses não serão aproveitadas. Outro ponto é a particularidades de cada vacina.
Enquanto a Coronavac necessita de três semanas, a vacina de Oxford pede espaço de quatro meses. Assim, os lotes formados pelo imunizante da Sinovac foram divididos em duas partes iguais, garantindo as duas doses para quem for receber.
No caso da AstraZeneca será usada todas as vacinas para pessoas diferentes, pois estão previstas a chegada de novas remessas ao Paraná neste intervalo de 120 dias. Ou seja, a quantia será suficiente para proteger aproximadamente 265 mil paranaenses.
*Com textos da Agência Estadual de Notícias.
