A manhã desta segunda-feira (6) começou com o comércio lojista fechado e protestos desse setor econômico em Bela Vista do Paraíso. Insatisfeitos com o decreto estadual que proibiu as atividades consideradas não essenciais, funcionários e empresários se manifestaram “pelo direito de trabalhar”.
Desde as 8h, funcionários das lojas começaram a se posicionar vestidos de preto em frente aos estabelecimentos. Faixas pretas coladas nas portas traziam a mensagem de que o comércio estava de luto. “Nos deixem trabalhar”, pediam várias mensagens.
Logo mais, por volta das 10h, uma carreata percorreu a Avenida Independência até a Avenida Indianópolis, em Santa Margarida, retornando ao ponto inicial pelo mesmo percurso. Foram carros e caminhões com mensagens no alto falante e escritas nos vidros.
DEMANDAS
De acordo com o presidente da ACEB (Associação Comercial e Empresarial de Bela Vista do Paraíso), Luiz Valdemar Rampazzo, o objetivo foi reivindicar ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, o direito de trabalhar.
“Nós não podemos ficar sem trabalhar. O nosso comércio é que gera tributos, gera empregos. Então não podemos parar”, afirmou.
Valdemar diz que a falta de trabalho pode gerar falta de alimentos na mesa das pessoas que estarão desempregadas. “Se não morrer de coronavírus, vai morrer de fome. Então o que nós queremos é que o nosso comércio trabalhe em prol do nosso município”, declarou.
O presidente da ACEB disse ainda que a manifestação uniu “todas as forças do nosso município”. “Tivemos o apoio do prefeito, dos vereadores e de todo o comércio. Todo mundo com um só objetivo: precisamos trabalhar”, disse.
A estimativa é de que o impacto do fechamento vai ser “terrível”, com desemprego e queda de arrecadação para o município. Valdemar afirma que o comércio vai lutar pela reabertura. “Nós vamos cumprir aquilo que foi determinado, mas vamos pedir a abertura do nosso comércio”, concluiu.