Na primeira entrevista após o ataque a faca em Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro afirmou à Rádio Jovem Pan de São Paulo que terá alta até o próximo dia 31. Segundo ele, está se recuperando e terá condições de gravar vídeos para as redes sociais a partir do dia 1º. Mas avisou que não tem condições de fazer corpo a corpo. “Não posso ir para rua realmente”. O candidato está internado no Hospital Albert Einstein.
Bolsonaro afirmou ainda que está convencido que Adélio Bispo, que o esfaqueou no último dia 6, na cidade mineira, “não agiu sozinho”. Porém, não opinou sobre quem estaria atuando como cúmplice do suspeito. “Não quero que inventem. Quero que apurem.”
O candidato também criticou a atuação da Polícia Federal e disse achar que a Polícia Civil está mais avançada na investigação. “O depoimento que eu vi do delegado da PF que está conduzindo o caso, realmente… é um depoimento para abafar o caso. Eu lamento. O que eu ouvi ele falando, dá a entender que ele age, em partes, como uma defesa do criminoso”.
O delegado federal Rodrigo Morais e sua equipe afirmaram que, após ouvir mais de 30 pessoas, quebrar os sigilos financeiro e telefônico do agressor, não há quaisquer indícios de que Adelio tenha perpetrado o ataque com o auxílio ou influência de outra pessoa ou grupo.
Questionado sobre a punição adequada para Adélio Bispo, o candidato afirmou que é favorável que a lei seja cumprida para quem é acusado de tentativa de homicídio, que é a prisão. Ele criticou a progressão de pena e afirmou que em seu eventual governo vai trabalhar para mudar a legislação, reiterou a defesa pela pena de morte.
Flávio Bolsonaro, um dos filhos do candidato, participou da entrevista. Ele contou como foi o momento em que soube do atentado e concluiu, se referindo ao pai: “Deus está preparando uma coisa muito grande para o Brasil e está usando esse cara aí”.
*Com Agência Brasil e Sputnik Brasil
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