Em convenção nacional, o PSDB confirmou neste sábado (4) a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro.
Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.
No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país. “A situação é séria. Treze milhões de desempregados e corrupção endêmica debilitaram a crença do povo na política e na democracia. Não há tempo a perder”.
“Sou candidato para buscar um mandato que pode ser resumido em uma frase: vamos mudar o Brasil e devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada”, acrescentou. Também defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia e promover a retomada do crescimento.
O tucano destacou que aceita ser o candidato dos partidos que acreditam no caminho do desenvolvimento e “não na rota da perdição do radicalismo”.
“Que acreditam na união que constrói e amplia e não na divisão que paralisa e diminui. O momento é grave mas um futuro de prosperidade está aberto a todos os brasileiros’”, afirmou.
Em seu primeiro mandato, a senadora Ana Amélia, 73 anos, escolhida como vice, disse que esse é o maior desafio de sua carreira e defenderá a participação das mulheres na política e a questão de gênero.
A campanha tucana terá o apoio do DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, que compõem o chamado Centrão, e do PTB, PPS e PSD.
Os presidentes nacionais do DEM, ACM Neto, e do PPS, Roberto Freire, além do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, pelo PSD, estiveram presentes na convenção.
Também participaram representantes do PRB e do PP. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também participou da convenção.
O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas, não compareceu à convenção.
Quatro vezes governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 65 anos, é um dos fundadores do PSDB. Formado em medicina pela Universidade de Taubaté, começou sua carreira política em 1972, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, onde foi eleito vereador, presidente da Câmara dos Vereadores e prefeito da cidade.
Em 1982, foi eleito deputado estadual. Participou da Assembleia Nacional Constituinte de 1986, antes de chegar ao governo de São Paulo em 2001, como vice do governador Mário Covas.
Com a morte de Covas, Alckmin assumiu definitivamente o cargo de governador, para o qual foi eleito em 2002 e que voltou a ocupar por mais dois mandatos, após vitória nas eleições de 2010 e 2014.
Em 2006, o tucano concorreu à Presidência da República, mas foi derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi reeleito. Alckmin assumiu a presidência nacional do PSDB em dezembro do ano passado.
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