PARANÁ

Paranaense está menos disposto a consumir, afirma Fecomércio

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve queda neste mês. Na comparação com julho, baixou de 104,9 pontos para 103,3 pontos em agosto, redução de 1,6%.

Por outro lado, na comparação com agosto de 2017 o indicador mostra elevação de 8,9%. Apesar da variação mensal negativa, a intenção de consumo do estado tem o melhor agosto desde 2015 e se mantém acima da média nacional, que é de 85,6 pontos.

O perfil de consumo das famílias de maior renda vem derrubando o indicador desde abril. Após a recuperação expressiva no primeiro trimestre, observa-se que as classes A e B iniciaram um processo de contenção dos gastos. De julho para agosto a ICF entre as famílias que auferem renda acima de dez salários mínimos caiu 6,6%. Nas classes C, D e E também houve redução do indicador, mas de apenas 0,39%.

O fraco crescimento da economia e as dificuldades de reação do mercado de trabalho desencorajam o consumidor a gastar, sobretudo em compras não essenciais. A tensão pré-eleitoral e o cenário político indefinido agravam a insegurança das famílias.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho é o que mais preocupa o paranaense. A percepção quanto à segurança no emprego teve queda de 0,4% em agosto ante o mês de julho, enquanto a perspectiva de melhora profissional caiu 6,8%. Com o aumento gradual do desemprego, verifica-se que a maioria dos trabalhadores está conformada com a situação salarial e poucos acreditam em possibilidades de evolução, tanto que esse item recuou 6,7% na variação anual.

Renda

A renda dos consumidores em agosto baixou 1,1%. Por outro lado, com a ampliação da concessão de crédito pelas instituições financeiras, a avaliação sobre o acesso a financiamentos melhorou 3% na variação mensal.

Consumo

O nível de consumo atual teve aumento de 1,7% em agosto e a perspectiva de consumo subiu 0,4%. No entanto, a maioria dos consumidores considera que esta não é uma boa hora para compra de bens duráveis, geralmente de maior valor. Este quesito teve diminuição de 7,2% em agosto.

*Por Núcleo de Comunicação – Sistema Fecomércio

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Redação

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