Bela Vista do Paraíso ficou acima da meta definida para as escolas municipais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na média das escolas analisadas, a cidade deveria alcançar 5,4 pontos e ficou com 5,9. O levantamento é feito com alunos da 4ª série/5º ano, são referentes a 2017 e medidos a cada dois anos.
Nos últimos levantamentos, Bela Vista tem ficado acima da meta nos resultados do Ideb. A exceção foi 2015, quando a meta era de 5,2 e o município obteve nota 5,1.
Para a dirigente municipal de educação, Adenilze Bueno Lara, o resultado foi satisfatório, tanto para o município, quanto para as escolas. “Nós devemos continuar apostando nos projetos pedagógicos, na formação do professor, pra que a gente consiga alcançar resultados melhores ainda. E que muito em breve a gente consiga alcançar a média 6, que está projetada para 2021, mas que esperamos atingir já em 2019”, disse ela.
Na análise por escolas, duas ficaram acima da meta, duas ficaram abaixo e uma não foi avaliada.
A Escola Municipal Profª Dircy dos Santos (Santa Margarida) foi a que teve o melhor desempenho. A meta era chegar em 4,9 pontos e foram atingidos 6,1. O aumento é ainda maior se comparado com o levantamento anterior. Em 2015 a meta era 4,7 e o Ideb registrado foi de 4,6.
A segunda escola que conseguiu ficar acima da expectativa foi a José Marcelino, no Jardim Primavera. Foi obtida a nota 5,9, enquanto a meta era de 5,4. Nos levantamentos anteriores, a escola também teve notas maiores do que a esperada. Foi 5,1 em 2017, quando a meta era 5; e 5,6 em 2013, quando a expectativa era de 4,9.
Por sua vez, a escola Parigot de Souza, no centro, chegou perto, mas não atingiu a meta de 6,2. O ideb registrado ficou em 6,1. Em 2015, a escola obteve a nota esperada: 5,6.
A escola Clélia M. O. Albuquerque, em Santa Terezinha, não atingiu a meta de 5,1. O Ideb registrado foi de 4,8. No levantamento anterior, em 2015, a meta era de 4,8, mas não há dados disponíveis porque a escola não participou do Saeb ou não atendeu os requisitos. Em 2013, meta era de 4,9 e a nota obtida foi 5,6.
Adenilze Lara explicou que a média da escola em português e matemática, medida na Prova Brasil, foi de 5,9. No entanto, a nota do Ideb foi derrubada pelo número de alunos fora da série correta para a sua idade, devido à alta taxa de reprovação no 3º ano.
O sistema de ensino adotado no município não permite a reprova nos dois primeiros anos, que são considerados de formação da criança. “Quando chega no 3º ano a criança não está alfabetizada, então é onde a gente pode segurar. Por conta de muitas faltas que a criança tem, ela não consegue atingir o objetivo ao final do primeiro ciclo. Ela não está alfabetizada, então é onde existe a reprova e ocasionou [a queda do Ideb]”, informou.
“Aqui nós teremos que fazer um estudo com a equipe, buscar parceria com as famílias. Porque é muita falta que tem na escola e a criança não consegue atingir o resultado, então ela reprova”, afirmou a dirigente. Para ela, o caminho para melhorar os índices é o envolvimento entre a comunidade e a escola: “Falta muito apoio das famílias em se envolverem um pouco mais com a comunidade, um movimento da família e da escola para que o Ideb se torne eficiente, se torne igual ao das outras”.
A Escola Municipal Alcenira Ribeiro de Castro, que fica no conjunto Mãe Tina (Popular), não teve os dados do Ideb divulgados.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice varia de zero a dez.
Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.
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