Todo mundo já sabe que a separação dos materiais recicláveis ajuda a reduzir a quantidade de lixo que vai para a natureza. Mas há outro lado muito importante desse procedimento: eles geram renda para famílias bela-vistenses.
Cada reciclável que vai para os aterros sanitários representa dinheiro que deixa de ir para famílias como a da dona Orides Dias Pereira, de 70 anos. Ela, o marido e um filho vivem do que ganham na venda dos recicláveis.
Os três fazem parte da Associação de Recicladores Reviver, um grupo de quase 20 catadores de recicláveis que trabalham em Bela Vista do Paraíso.
O barracão que fica na rua Carlos Dias dos Reis é alugado pela Prefeitura Municipal, que garante a infraestrutura e outras condições de trabalho: água, energia elétrica, caminhão específico, carrinhos e outros custos.
Orides trabalha com recicláveis há nove anos e é presidente da associação. Toda a sua renda familiar, assim como a de outros colegas de trabalho, é retirada do que consegue recolher e vender.
A catadora afirma que gosta do trabalho que faz, mas lembra que há muito que pode ser melhorado. Como exemplo, cita a colaboração da população, que poderia separar melhor os tipos de materiais, e não jogar no lixo comum aquilo que é reciclável.
“Vem muita sujeira. O problema que precisa melhorar é que se a população tivesse uma consciência para separar a mercadoria para nós seria bom”, declarou.
Ela mostrou um grande saco com materiais que não deveriam estar ali. “A gente abre uma sacola e tem papel higiênico, restos de comida, sapato e roupas velhas… Tem vila que pega e vem mais lixo do que reciclável”, contou ela.
Não bastasse esse problema que já existia, a catadora afirma que a quantidade de materiais disponíveis para serem recolhidos entrou em queda por causa da pandemia de coronavírus. No comércio, as vendas caíram; nas residências, o consumo também diminuiu. Tudo isso fez cair a renda dos catadores, principalmente dos mais velhos, que precisaram ficar em casa.
Por isso, ela afirma que a ajuda dos moradores, fazendo a separação correta, é primordial. “Aqui todo mundo vive desse ganho”, disse a catadora.
Fonte: N.COM/Prefeitura de Bela Vista do Paraíso
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