CIDADE

Sindicato encontra irregularidades em obra do terminal rodoviário

Diversas irregularidades foram encontradas na obra do terminal rodoviário, que está sendo construído em Santa Margarida, durante visita do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Londrina (Sintracom Londrina). Foram apontados problemas de falta de infraestrutura, e de descumprimento da legislação trabalhista e de regras definidas em convenção coletiva.

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Segundo Sintracom, os funcionários estão trabalhando sem registro em Carteira de Trabalho, não têm seguro de vida, não usam equipamentos de segurança e não passaram por treinamento em segurança do trabalho. Além disso, o canteiro de obras não está fechado por tapumes, tinha pedaços de madeira e ferro espalhados, e não possuem refeitório e instalação sanitária adequadas. Os trabalhadores também não estariam recebendo café da manhã e vale-compras, que o sindicato diz ser um direito deles.

Outra questão apontada é a quantidade de funcionários trazidos de outras cidades. De acordo com Antônio José Lino do Nascimento, secretário administrativo do Sintracom, a convenção coletiva determina que pelo menos metade dos trabalhadores deve morar em Bela Vista do Paraíso.

Foto: Departamento de Engenharia/Prefeitura

Não pode trazer os trabalhadores de fora. 50% tem que ser daí. Essa [empresa] que está construindo o terminal está levando todos os trabalhadores daqui de Londrina. Ela tem que contratar trabalhadores locais”, disse ele.

A empresa que ganhou a licitação e está construindo o terminal é a H.D.G. Construtura de Obras Ltda. Após a constatação dos problemas, ela foi notificada pelo sindicato e convocada para uma reunião, que aconteceu na terça-feira (12). Ela se comprometeu a resolver os problemas mais básicos em dois dias e tem 15 dias para apresentar a documentação e sanar os outros problemas.

Para Antônio do Nascimento, a Prefeitura Municipal tem corresponsabilidade pelos problemas e precisa fiscalizar. “A prefeitura contratou, mas não verificou nada, só contratou a mão de obra. Tem várias empresas que tem toda a documentação e na hora de ganhar a licitação ela tem que provar que tem competência para fazer”, alegou.

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A Prefeitura informou que costuma realizar a fiscalização das obras. Segundo o setor jurídico do município, o que se pede, ao fazer uma licitação, é a certidão negativa trabalhista. Ou seja, se a empresa responde a processos por esse motivo. Também foi enviada uma notificação extrajudicial à empresa para que ela entregue ao município toda a documentação necessária.

Sindicato também visitou o Teatro Municipal (na imagem) e o Fórum. Foto: Filipe Muniz

FÓRUM E TEATRO

O presidente do Sintracom, Denilson Pestana da Costa, e o assessor administrativo também visitaram o canteiro de obras do novo Fórum e do Teatro Municipal. Segundo Antônio do Nascimento, os trabalhadores do Fórum possuem equipamentos de segurança, o canteiro está fechado, os banheiros adequados, com chuveiro, e existe local para refeição. “A obra não está 100%, porque é difícil estar, mas ela dá uma condição para o trabalhador: todos registrados, todos têm o atestado de saúde ocupacional, treinamento…”, relatou ele.

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O assessor disse que no caso do Teatro Municipal, que será reformado pelo Sesc, a construtura responsável já entrou em contato com o Sintracom para fazer o procedimento e preparar toda a documentação. “Porque antes de iniciar um canteiro de obras tem que ter um banheiro, refeitório, para que os trabalhadores tenham um local adequado” afirmou.


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Filipe Muniz

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