O último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado pela Divisão de Vigilância Sanitária mostra que Bela Vista do Paraíso está com índice de 5,2%. Conforme classificação do Ministério da Saúde (MS), o resultado representa risco de epidemia de dengue, já que está acima de 3,9%. O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 13 de novembro.
Tanto na comparação com o resultado anterior quanto com o do mesmo mês do ano passado, os números atuais mostram que houve aumento na infestação. O levantamento realizado em setembro deste ano apontava índice de 2,1%. Já o realizado em novembro de 2017 estava em 3,5%, ou seja, abaixo da classificação de risco.
Para realizar o levantamento e fazer o controle das atividades, a Divisão de Vigilância Sanitária separa o município em áreas. Destas, a mais crítica em relação à infestação do mosquito da dengue é a que envolve os conjuntos Rosa Luppi e Pedro Batista, o Jardim Europa e a região do Ginásio de Esportes Formiguinha, abaixo da PR-090.
A segunda área mais crítica é a que fica acima da avenida Indianópolis, em Santa Margarida, desde a rua Maria do Carmo Avelar até a rua Pernambuco. A terceira região com maior infestação é a que fica acima da avenida Independência, em Bela Vista, desde a rua José Werner até o Cemitério, seguindo pela Vila Brasil até a região abaixo do conjunto Mãe Tina (Popular).
No último levantamento o maior foco de larvas do mosquito da dengue foram pequenos depósitos, como embalagens plásticas, potinhos, tampas e outros objetos que acumulam água; outros tipos de depósitos baixos de água; e lixo (recipientes plásticos, latas, entulhos e sucatas).
O responsável pela Vigilância Ambiental, Filipe Abelha, explica que o índice representa a porcentagem de imóveis com infestação do Aedes aegypti no município. Ou seja, o levantamento recente mostra que, do total de imóveis e terrenos baldios de Bela Vista do Paraíso, 5,2% estão infestados com larvas do mosquito. “Quando começar a esquentar mais, e com chuvas constantes, o mosquito passa a proliferar. É bem preocupante”, disse.
Segundo ele, os números obtidos nesse levantamento não eram esperados para este período. Tradicionalmente, o índice costuma subir em janeiro, com o calor e as chuvas do verão. Por isso, a preocupação é ainda maior.
Para Filipe Abelha, a principal arma contra o mosquito é a conscientização. “Só de cada um olhar o seu quintal, cinco minutinhos por semana, já diminuiria muito [os índices]”, avaliou. Ele explica que, apesar de haver grande infestação, não está ocorrendo a circulação viral. Isso significa que os mosquitos não estão contaminados com o vírus da dengue. “Por enquanto, pelas notificações, que não estão chegando, a gente acredita que não está tendo circulação viral. Mas a partir do momento que tiver um caso positivo e começar a circulação viral, começa a preocupar mais ainda”, afirmou.
Ele acredita que a vacina contra a dengue ajudou a frear os casos da doença. “Em uma época dessas, antes da vacina, nós estávamos com bastantes notificações e casos positivos. Então a gente acredita que ajudou muito”, concluiu.
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