A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) iniciou as contratações emergenciais para reconstrução do Museu Nacional, apesar de ainda não ter recebido os R$ 10 milhões do Ministério da Educação (MEC).
A instituição contratou a instalação de tapumes que irão proteger o entorno do edifício, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas. “[Os recursos] não estão na conta, mas já estamos fazendo as contratações independentemente disso porque já há a garantia que esses recursos serão repassados”, disse o diretor administrativo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Wagner William Martins.
Os recursos do MEC serão destinados a ações emergenciais que incluem a cobertura e o reforço da estrutura do prédio para possibilitar o resgate do acervo.
“Nesse momento, a área ainda se encontra sob investigação da perícia da Polícia Federal, mas ainda têm questões de segurança para acessibilidade das áreas. Isso que está sendo focado. Estabilidade para o início dos trabalhos de resgate”, explica Martins. Entre as ações emergenciais estão incluídos, de acordo com ele, o escoramento das lajes que não desabaram e a cobertura para proteger o local de chuvas.
O MEC confirma que ainda não repassou os recursos e que recebeu hoje o termo de referência enviado pela universidade. A pasta explica que o termo ainda será analisado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que, só depois dessa etapa, os recursos serão liberados.
O termo servirá de referência para a contratação de empresas para realizar as ações emergenciais. Segundo Martins, como a contratação de tapumes precisa de um “termo de referência mais simples”, a empresa já foi contratada.
A reconstrução do Museu Nacional no Rio de Janeiro será feita em quatro etapas, incluindo a possibilidade de cessão de um terreno próximo ao local para que as atividades acadêmicas sejam mantidas.
A primeira etapa será dedicada à realização de intervenções emergências, como instalação de um toldo, escoramento de paredes, levantamento da estrutura, inventário do acervo e separação do que é possível encontrar nos escombros.
A segunda etapa depende da conclusão da perícia da Polícia Federal no local. Depois de realizada, será contratado um projeto básico e, com base nele, será implementado o projeto executivo da reconstrução do museu.
A terceira etapa é a da reconstrução. A ideia é usar a lei federal de incentivo à cultura, a Lei Rouanet. A quarta fase poderá ocorrer em paralelo com a obra de construção. É a de recomposição do acervo. O governo pretende fazer uma campanha internacional para a doação e aquisição de acervos para o Museu Nacional.
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