Da Agência Sebrae
A alguns dias da Copa do Mundo na Rússia, o otimismo do brasileiro não está depositado apenas na seleção, mas também nas vendas que começam a crescer com a aproximação do início dos jogos. A expectativa de vendas aumenta nos pequenos negócios, principalmente, do comércio de vestuário e enfeites, além de serviços. Apesar de ser uma competição sazonal, a Copa do Mundo é ainda um dos momentos em que os pequenos negócios do varejo costumam aumentar suas vendas, reforçar o estoque ou até contratar funcionários temporários, como acontece com bares e restaurantes.
Thailini Paloschi, moradora de Águas Claras, no Distrito Federal, aproveitou a licença maternidade para unir o útil ao agradável. Sem ficar distante da filha de três meses, a administradora passou a vender uniformes da Seleção Brasileira pela internet. O negócio superou suas expectativas. “Deu mais do que certo e já na primeira demanda não consegui atender todo mundo”, diz ela.
Mas para Thailini, trabalhar com vendas de produtos relacionados à Copa do Mundo não é novidade. “Desde criança eu vendia camisas junto com meu pai que as estendia em um varal pelas ruas de Brasília”, conta a administradora. Quando se trata de souveniers, buzinas, bonés e a camisa do jogador Neymar Jr, as crianças são os principais clientes de Daniel Moura dos Santos, em sua banca na Feira dos Importados, em Brasília. “É inevitável que o os meninos levem uma camisa da Seleção Brasileira”, conta Moura.
“São as micro e pequenas empresas que levam o País adiante, pois geram emprego e renda, além de serem as que estão mais perto da sociedade, com quem mantém maior contato pessoal, direto. Sem dúvida, grandes eventos, como a Copa, representam excelentes oportunidades para os pequenos negócios ”, afirma a diretora técnica no exercício da presidência do Sebrae, Heloisa Menezes.
DIAS ANTES – Daniel afirma que as vendas estavam aceleradas, mas em decorrência da manifestação dos caminhoneiros, o movimento caiu. Porém, ele ressalta que poucos dias antes da competição as vendas aceleram. “Se o Brasil passar para as outras fases da Copa, com certeza vamos vender muito bem”, observa o vendedor, avaliando que muitas pessoas ainda não estão comprando produtos ligados à competição por causa da derrota do Brasil em 2014. “Mas isso passa”, brinca Daniel.
Os pequenos negócios devem lucrar nas áreas do Comércio e Serviços, setores que também abriram maior número de vagas de trabalho. No 1º quadrimestre de 2018, o saldo acumulado foi de 293 mil novos empregos, quase 10 vezes maior que os postos gerados pelas médias e grandes empresas neste mesmo período e 88,4% acima do saldo registrado por eles no mesmo período do ano passado.
BONS VENTOS – Em março de 2018, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 6,5% na comparação com igual mês do ano anterior, décima segunda taxa positiva seguida, sendo esse avanço o maior desde abril de 2014 (6,7%).
Os dados do IBGE mostram que, em bases trimestrais, a vendas do comércio varejista, ao avançar 3,8% no primeiro trimestre de 2018, manteve o comportamento.
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