PEDAL PELA VIDA

4º, 5º e 6º dias: mais de 270 km até as lindas paisagens do Caminho da Fé

O 4º dia de pedalada para chegar ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida começou sob o ceú avermelhado pelo raiar do sol em Bauru (SP). Naquele sábado, Luis Sérgio Salgado, o Salgadinho, seguiu pela SP-225, passando por Pederneiras, município paulista de 44 mil habitantes.

Mais à frente, chegou em Jaú, a “capital do calçado feminino”, de 151 mil habitantes. Foi a cidade onde o romeiro almoçou. Fotografou alguns cenários do trajeto, como um local com flores e uma imagem da padroeira do Brasil.

Seguindo por vias de muita subida, pela SP-225 e desviando para a SP-215, o ciclista chegou a Dourados, um pequeno município de oito mil habitantes que quase se esconde no mapa. Foi em uma pousada desta cidade onde Salgadinho dormiu, depois de 90 km pedalados.

5º DIA – DOMINGO

O domingo de pedalada não foi fácil. Saindo de Dourados pela SP-215, depois de passar pela cidade de Ribeirão Bonito, o ciclista de Bela Vista não encontrou água, nem comida. Sem lugar para parar, faltou energia para carregar o celular, pelo qual a família acompanha a viagem à distância.

Nesse trajeto, ele conseguiu um pouco de água com um motorista de caminhão guincho. O ciclista conta que havia conversado com a bandeira de Nossa Senhora, que ele carrega na bicicleta. “Falei que ela me arrumaria água nem que ela fizesse brotar da terra”, relatou.

Logo em seguida, sua irmã veio lhe encontrar, acompanhada do filho, da nora e do neto dela. Enquanto ela foi buscar água, ele conseguiu a ajuda do motorista.

Seus familiares também buscaram comida, já que não havia local para comprar naquele trajeto de sol quente. Depois de almoçar, o romeiro seguiu sem descansar porque não sabia onde começava o Caminho da Fé, pelo qual seguiria nessa viagem a Aparecida (SP). Com a ajuda de um outro ciclista, foi possível encontrar o caminho.

Depois de 103 km, Salgadinho chegou a Descalvado, onde assistiu a uma missa. Depois de comer, ele foi procurar um lugar para dormir. O rolamento da bicicleta estava quebrado, problema que precisaria ser resolvido no dia seguinte. “Ainda bem que não quebrou no meio do nada. Por isso que amo meu Deus e Nossa Senhora Aparecida”, declarou ele.

6º DIA – SEGUNDA-FEIRA

Por causa do problema com a bicicleta, que precisou ser consertada, a pedalada começou às 10h na segunda-feira (5). Apesar desse percalço, a situação ainda foi melhor do que a da viagem no ano passado, quando o pneu da bicicleta furou aproximadamente 20 vezes. Neste ano, isso ainda não aconteceu.

Depois de rodar 20 km, Salgadinho almoçou em Porto Ferreira, cidade de 56 mil habitantes cortada pelo rio Moji Guaçu, considerada a Capital Nacional da Cerâmica Artística e da Decoração.

Subindo pela SP-328, passando por Santa Rita do Passa Quatro, ele foi para Tambaú, cidade de 23 mil de habitantes, na região metropolitana de Ribeirão Preto. Ali existe um santuário de Nossa Senhora. Foi nesse município que o devoto jantou um lanche, já que não se encontra lugares para jantar na segunda-feira. Ali também, ele dormiu.

Ao contrário dos outros dias, quando o trajeto foi feito às margens e ao ritmo das rodovias movimentadas, depois que entrou no Caminho da Fé, o ambiente foi outro. Naquelas estradas rurais residem cenários maravilhosos, com belas cenas da natureza e muitos animais nativos.

Por causa da falta de bateria, o aplicativo não registrou 14 km do total percorrido para chegar até Tambaú. Mas ficaram os registros das paisagens, alguns no celular, mas todos na memória.

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Redação

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