Hospital São Jorge inaugura ala para atender casos de dengue

Pacientes que passam por tratamento contra a dengue terão um novo espaço de atendimento no Hospital São Jorge, em Bela Vista do Paraíso. Depois de passar por reformas, uma nova ala foi inaugurada na tarde desta terça-feira (18). O espaço conta com sala de atendimento médico, recepção, duas salas de espera, banheiros, sala para preparo de medicação e uma sala de hidratação, com duas cadeiras e cinco leitos.

De acordo com a coordenadora da atenção básica, Gisele Salomão, a nova ala foi montada no espaço do antigo centro cirúrgico, que estava inativo há alguns anos. A ideia de criar um local específico para centralizar o atendimento veio, segundo ela, de uma reunião com a 17ª Regional de Saúde, que pensava estratégias contra o iminente aumento dos casos.

“Ali na frente estava ficando muito lotado, às vezes as pessoas precisavam ficar esperando para tomar o soro, então essa sala vai evitar esse fluxo ali na frente. Colocamos macas e ar condicionado para trazer mais conforto para a população”, mostrou.

O atendimento também conta com incremento nas equipes. Alguns profissionais da UBS (Unidade Básica de Saúde) de Santa Margarida foram realocados para o hospital. A jornada de trabalho, que terminava às 17h, foi estendida para as 19h, quando outra equipe reforça o atendimento até à meia noite.

“A nossa preocupação maior é evitar que os casos se agravem, então temos que acomodar esse paciente de uma maneira adequada. Os casos precisam ser acompanhados por pelo menos sete dias. Então, não tinha como fazer esse atendimento apenas na entrada do hospital”, disse Gisele.

NÚMEROS

Estas são algumas das iniciativas tomadas pelo Departamento de Saúde para combater a dengue, cujos casos aumentam em todo o Paraná. Em Bela Vista, são 53 casos já confirmados e 627 suspeitos, desde o final de dezembro de 2019. São considerados confirmados os casos que passaram por testes de sorologia e pesquisa de arbovirose, que determinam qual o tipo de dengue. Feitos apenas no Laboratório Central, em Curitiba, os resultados do teste costumam sair em 15 e 30 dias, respectivamente.

Mas a coordenadora da atenção básica, Gisele Salomão, afirma que esse período de espera pelo resultado não é relevante para o tratamento do paciente: “A gente acompanha o paciente com suspeita, então não precisa estar confirmado. A hidratação e o cuidado são feitos desde a suspeita. O resultado do exame demora, mas para a equipe de saúde, não faz diferença. Se é suspeito, vai ser feito o tratamento”, explicou.

Ela também contou que a demanda por exames está sendo absorvida pelo Laboratório Municipal em conjunto com uma clínica particular conveniada, que realiza os testes nos fins de semana e em outros períodos.

LIMPEZA E VENENO

A segunda frente de combate à dengue feita pela Prefeitura Municipal têm o mosquito como alvo. Além do arrastão de recolhimento de entulhos e da notificação dos proprietários de terrenos com matos, outras medidas estão sendo tomadas.

As inspeções de terrenos ocupados se intensificaram, principalmente no distrito de Santa Margarida, onde são registrados 80% dos casos suspeitos, segundo estimativa da coordenadora de atenção básica. Por isso, a 17ª Regional de Saúde também enviou o veneno para ser aplicado nesse local. A aplicação foi feita nesta semana.