Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão e medidas cautelares em Alvorada do Sul

Foto ilustrativa: Divulgação

O núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu na manhã desta terça-feira (18) três mandados de busca e apreensão e medidas cautelares em Alvorada do Sul.

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Os alvos são o secretário municipal da Saúde, um procurador do Município e dois membros da comissão de licitações (todos afastados de seus cargos), além de um servidor responsável pela farmácia municipal e um empresário. As medidas cautelares são de afastamento das funções, imposição de fiança e proibição de contato e de ingresso no prédio da Prefeitura.

As investigações, a cargo do Gaeco de Londrina e da Promotoria de Justiça de Bela Vista do Paraíso (sede da comarca), apuram crimes de fraude à licitação, corrupção e peculato.

A ação complementa a Operação Perímetro, deflagrada em 20 de setembro. Na ocasião, foram presas cinco pessoas. Dentre elas, um empresário de Bela Vista do Paraíso e três funcionárias da prefeitura de Alvorada do Sul.

Investigação

A Operação Perímetro investiga, desde janeiro, indícios de organização criminosa integrada por empresário, particulares e servidores públicos municipais do setor de licitações, da procuradoria jurídica e da Secretaria de Finanças de Alvorada do Sul. Foi apurado que o esquema criminoso manipulava licitações para limitar a participação de empresas concorrentes, direcionando os editais para a vitória das empresas do empresário envolvido. Para evitar ampliação da concorrência, a organização aproveitava-se da existência de um decreto municipal que limita a participação, em licitações, de empresas com sedes a mais de 50 km do município. As licitações direcionadas eram relacionadas principalmente à Fundação Municipal de Saúde de Alvorada do Sul.

Nos últimos quatro anos, a empresa envolvida no esquema, constituída em nome de “laranjas”, venceu 17 certames licitatórios cujos objetos envolveram valores acima de R$ 2,5 milhões apenas com a Fundação Municipal de Saúde. O empresário, dono de fato da empresa, participava ainda de licitações com outra empresa da qual é o proprietário de direito.

*Com MP-PR