Homem que matou guarda noturno no Jardim Bela Vista vai a júri popular

Foto: Divulgação/Polícia Civil

O Tribunal do Júri de Bela Vista do Paraíso será o responsável por decidir o destino de Durval Messias dos Santos Neto, conhecido como Léo, que completa 20 anos nesta quarta-feira (18). Ele confessou ter matado o vigia Luis Antonio Ferracin, de 58 anos, com diversos tiros. Acusado de homicídio duplamente qualificado, Durval está preso preventivamente por decisão do juiz Helder José Anunziato.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o homicídio aconteceu porque os dois trabalhavam como guardas noturnos e houve uma disputa pelo mesmo território: o Jardim Bela Vista. No dia três de maio de 2019, Durval usou um revólver calibre .32 para efetuar diversos disparos na direção da cabeça da vítima. O crime aconteceu na rua Rogério de Bodas. Segundo as primeiras informações, Ferracin foi encontrado inconsciente, mas ainda com vida. Ele foi encaminhado para o Hospital São Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.

Para o MP, o homicídio foi praticado por motivo torpe (disputa por trabalho naquela região) e com recurso que dificultou a defesa da vítima, já que os tiros teriam sido dados de surpresa. O crime foi solucionado no mesmo dia pela Polícia Civil. Segundo o delegado Marcos Rubira, as testemunhas ouvidas, ligadas a Durval, deram versões diferentes. Depois disso, o suspeito confessou o crime e indicou onde havia escondido a arma.

No seu depoimento, Durval alegou que estava com medo de Ferracin porque teria sido ameaçado por ele. O acusado contou ter feito três disparos, dois quando a vítima estava de pé, e uma quando estava caída.

O juiz entendeu que havia indícios de autoria e materialidade, suficientes para que o caso seja julgado pelos jurados. Ainda cabe recurso da decisão.

A defesa de Durval havia pedido a absolvição sumária, ou o reconhecimento da excludente de ilicitude da legítima defesa, ou ainda o afastamento das qualificadoras (o que tornaria o crime um homicídio simples, que tem pena menor) e a consideração da confissão e da menoridade relativa como atenuantes. O TELÉGRAFO entrou em contato com a advogada de Durval, Bruna Barbosa da Silva, mas ela não havia se manifestado até o fechamento da matéria.