Bela Vista: Mais trabalhadores deixaram o emprego do que foram contratados em março

Foto: Gilson Abreu/AEN

O município de Bela Vista do Paraíso voltou a ter saldo negativo na geração de empregos em março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Foram 82 desligamentos contra 60 contratações, saldo de -22 vagas. Em fevereiro, o resultado havia sido positivo: 57 pessoas deixaram o emprego enquanto 86 foram contratadas, um saldo positivo de 29 vagas.

A análise dos dados mostra que o saldo da geração de empregos no mês de março tem sido negativo em todos os anos desde, pelo menos, 2014. A exceção foi no ano passado, quando houve 57 admissões e 52 desligamentos, gerando saldo de cinco vagas. O desempenho negativo para o mês aconteceu até mesmo em 2015, ano em que houve último pico na geração de postos de trabalho.

Entre as ocupações que tiveram maior saldo negativo em Bela Vista, em março, estão auxiliar administrativo (-6), montador de estruturas metálicas (-5), vendedor de comércio varejista (-3) e auxiliar de lavanderia (-3). Já as que tiveram melhores resultados foram: trabalhador volante da agricultura (5) e costureiros na confecção em série (5).

PARANÁ E BRASIL

Seguindo a tendência nacional para o mês, o Paraná também teve saldo negativo em março: 99.248 admissões contra 100.459 desligamentos (-1.211 vagas). A variação no estado acompanha o país como um todo, que fechou 43.196 empregos com carteira assinada em março deste ano. Foi o primeiro resultado negativo em 2019. Porém, no trimestre, foram criados 179.543 vagas no país. Já no Paraná, foram 27.114 novas vagas nos três primeiros meses, com 326.850 postos de trabalho abertos ante o fechamento de 299.736.

“Esse é um resultado de todo o país, no total 19 estados fecharam no negativo. É um número sazonal, puxado especialmente pelo comércio, pelo comércio varejista. Normalmente, em março terminam os contratos de contratação temporária feitos no fim do ano, para o Natal, por isso o reflexo no comércio”, explica Suelen Glinski, economista do departamento do trabalho da secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Paraná.

*Com Agência Estadual de Notícias