Editorial | Desfile mostrou que, às vezes, basta querer

O brasileiro, quando quer, dá um jeito. No país da gambiarra, no sentido bom da palavra, não precisa muito para fazer acontecer.

Todos já viram a cena: se é para fazer um churrasco, por exemplo, as pessoas se juntam. Um traz carne, outro, carvão, outro, a cerveja. Está feita a festa.

Guardadas as diferenças, foi desse jeito bem brasileiro que foi feito o desfile em comemoração aos 71 anos de Bela Vista do Paraíso, realizado no domingo (21).

Não precisou de grandes verbas públicas. As escolas e creches do município trouxeram a criatividade que lhes é tradicional: com alguns materiais, a inspiração da cultura brasileira e a dedicação dos professores, saíram diversas alas que abrilhantaram o evento.

Até mesmo grupos de cidades da região renderam homenagens à princesinha do vale do paranapanema. O som clássico das fanfarras se uniu à cultura negra do maracatu.

Mas exemplo maior foi o da fanfarra de Bela Vista, que retornou depois de anos de inatividade. Os integrantes, sob o comando dedicado de Denilton Belomi, se empenharam nos ensaios e pagaram os custos. Tudo pelo prazer de voltar à avenida, relembrando os tempos áureos que viveram.

À exceção do ano passado, quando as comemorações pelo 16 de outubro foram um pouco menores, fazia algum tempo desde a última vez que a cidade celebrou sua emancipação.

Mas com esse espírito brasileiro, o desfile aconteceu e agradou os presentes. A organização do evento mostrou que, às vezes, não é necessário muito dinheiro, apenas vontade e dedicação. Também o bela-vistense, quando quer, faz acontecer.

Esta é a opinião do Telégrafo.